A santa Missa

 

                             

 

 

A Missa na Igreja Primitiva

A elaboração do desenvolvimento de cerimônias muito rapidamente . O esquema da missa que hoje oferecemos ficou praticamente estabelecido no ano de 150. Um escritor deste tempo, São Justino Mártir, descreve-nos assim a missa que então se oferecia: 

“Num dia que cujo nome se toma de sol, os que moram na cidade e os do campo reúnem-se e então, quando há tempo, lêem-se as memórias dos Apóstolos (que quer dizer Evangelhos)e os escritos dos Profetas. Terminadas as leituras, o presidente (que quer dizer sacerdote) dirige-nos um discurso (que quer dizer sermão), em que nos pede encarecidamente que pratiquemos as belas lições que acabamos de ouvir”. Esta era a Liturgia da Palavra que é como a chamamos hoje. A Liturgia Eucarística vinha logo em seguida: “ Então, leva-se pão e um cálice com água e vinho ao presidente dos irmãos que oferece louvores ao Pai em nome do Filho e do Espírito Santo, e depois prossegue com certa detenção recitando uma prece de ação de graças (a que hoje chamamos de oração eucarística, incluindo a consagração), por que Ele nos fez dignos de participar destes Dons. Quando terminava a ação de graças todo o povo presente responde: Amém.” (Primeira Apologia 65-66)

 

No ano 150, estava, pois, estabelecida a estrutura fundamental da Missa. A Missa teve influência do Judaísmo na sua formação, a Liturgia da Palavra veio das sinagogas onde o povo sentado refletia as leituras e aos sermões que ali havia. A Liturgia Eucarística veio dos templos, onde o sacerdote guiava a comunidade reunida ao Senhor. No entanto, as orações nela contidas continuaram a desenvolver-se durante mais quatro séculos e meio. Nos tempos do Papa São Gregório Magno que morreu no ano de 604, o desenvolvimento da missa tinha chegado a um esquema muito parecido com o atual.

Durante o período que vai de São Justino a São Gregório, foi acrescentado um elemento de oração ao elemento de instrução que constituía a missa dos catecúmenos, parte inicial da Missa. Nos tempos de São Justino, havia duas leituras uma do AT e outra dos Evangelhos, e o sermão. Nos tempos de São Gregório, incluíam-se nessa parte, o “Intrório” ou canto de entrada, o “kyrie” ou “Senhor, tende piedade de nós”, o glória e a oração da Coleta.

Para terminar esta parte história resta apenas apresentar o surgimento do Credo e da oração dos Fiéis.

O Credo mesmo sendo sempre recitado nos primeiros séculos da Igreja só foi oficializado na Liturgia no ano de 1014 pelo Papa Bento VIII. Depois de ouvir a palavra de Deus nas leituras, o Evangelho e o sermão, vemos o povo realizando a profissão de Fé, recitando o credo antes de proceder com a Liturgia Eucarística.

A Oração dos Fiéis, tradicional na liturgia dos primeiros séculos, consistia numa enumeração das intenções pelas quais se oferecia o Santo Sacrifício, cuja parte essencial começava a seguir. Foi suprimida na época de São Gregório, provavelmente por terem sidas incorporadas ao Cânon orações de intercessão. Recentemente o Concílio Vaticano II quis restaurá-la. Na oração dos fiéis, “ exercendo a sua função sacerdotal , o povo suplica por todos os homens”. Reza-se “pela Santa Igreja, pelos governantes, pelos que padecem necessidade, por todos os homens e pela Salvação de todo o mundo” (Instrução Geral do Missal Romano, n. 45)

Entendendo a Santa Missa

Que é a Santa Missa?R: A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz, que foi solenemente instituído na Última Ceia. Nesta cerimônia ímpar, Cristo é ao mesmo tempo vítima e sacerdote, se oferecendo a Deus para pagamento dos pecados, e aplicando a cada fiel seus méritos infinitos.

No mundo em que vivemos, vemos 3 motivos diferentes p as pessoas irem a missa
• existem os que vão para cumprir um preceito ou tradição; (ou os pais obrigam)
• há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;
• e há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.

 

Nós devemos ir a Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos, e para isso veremos quanto completa é a celebração da Santa Missa;


Ritos Iniciais

Canto de Entrada: o canto de entrada tem o objetivo de nos ajudar a rezar. Ele manifesta a Deus nosso louvor e adoração.

Saudação: o padre saúda a comunidade reunida anunciando a presença de Jesus.

Ato Penitencial: em uma atitude de profunda humildade, pedimos perdão de nossos pecados.

Glória: já perdoados, cantamos para louvar e agradecer.

Coleta (oração): o padre coloca todas as intenções, e no final da oração a oração responde com a palavra Amém (que significa “assim seja”).

Liturgia da Palavra

Primeira Leitura: passagem tirada do Antigo Testamento (parte bíblica que prepara a vinda do Messias).

Salmo de Resposta:
 é um canto ou um salmo que nos ajuda a entender melhor a mensagem da primeira leitura.

Segunda Leitura: passagem tirada do Novo Testamento, de uma das cartas (epístolas) dos Apóstolos (Filipenses, Gálatas, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, etc)

Aclamação do Evangelho: nesta hora ouvimos o padre anunciar a MENSAGEM DE JESUS. Por isso cantamos “ALELUIA” (que significa “alegria”).

Evangelho: Jesus nos fala apresentando-nos o REINO DE DEUS.

Homilia: o padre explica as leituras e o Evangelho.

Profissão de Fé (Credo): momento em que professamos tudo aquilo que como cristãos devemos acreditar.

Oração dos Fiéis: a comunidade reunida reza pela Igreja e por todas as pessoas do mundo.

Liturgia Eucarística

Preparação das Oferendas: momento em que oferecemos a nossa vida, ou seja, tudo o que somos ao Senhor. Logo depois ocorre a oração sobre as oferendas, que por intermédio do sacerdote, Jesus consagra o Pão e o Vinho.

Oração Eucarística: momento principal da celebração. Onde recordamos a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Não é apenas uma lembrança de um fato que aconteceu, mas sim algo que acontece hoje, aqui, agora na Eucaristia.

Santo : Este é um dos cantos mais importantes da missa, pois exalta a santidade do nosso Deus e relembra “aquele domingo” quando Jesus era recebido com louvores, palmas, cantos e ramos em Jerusalém e gritos de “HOSANA AO FILHO DE DAVI!”. Devemos cantar da mesma maneira com muitas palmas e bastante alegria, acompanhadas de todos os instrumentos. Alegria, músicos de Deus!

Amém – Vem após a doxologia que só é rezada pelo celebrante (muitas pessoas acham, erradamente, que é bonito rezar com o padre!) e deve ser bastante animado ao som de todos os instrumentos, cantado por toda a assembléia.

Pai Nosso – Deve ser cantado apenas se for um costume da comunidade e com aprovação do celebrante. Os instrumentos devem ser apenas acompanhantes para que toda a igreja participe cantando.

Abraço de Paz – É o canto da alegria e do amor, quando distribuímos a paz que o próprio Jesus nos deu com muitos abraços! Deve ser um canto que fortaleça a amizade e a união de todos na Igreja com bastante entusiasmo e acompanhado por todos.

Comunhão: momento em que vamos em direção do banquete do Senhor receber o seu Corpo e o seu Sangue.

Ritos Finaissantamissa1

Avisos: o padre ou algum leigo da comunidade anuncia algum evento ou informa algo de interesse à comunidade.

Bênção:
 o padre dá a bênção à comunidade. Bênção significa o bem que alguém quer para outra pessoa.

Despedida: o padre se despede da comunidade e recorda que este momento não é mera despedida apressada, mas um novo envio para realizar a missão do cristão no mundo, isto é, anunciar ao mundo o Cristo Vivo

 

 

Nilson Pereira dos Santos Júnior

Fonte: Apostolado Shemá